Acampar com aventura e segurança - GP Esportes

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Camping - (Acampar é uma arte! Arte natural, ao natural...)
Então, quando for acampar lembrem-se que existe tanto o local certo para cada tipo de personalidade como as facilidades que o mundo moderno e tecnológico nos proporciona...

Quando se fala em acampar, as pessoas sempre associam a escolha de um local bucólico e tranqüilo, a montagem da barraca e de imediato à preparação de um círculo ao redor de uma fogueira, está no centro, em torno do qual todos se reúnem para cantar ao som de um violão, aquecer-se, conversar ou cozinhar, repetindo um ritual de socialização transmitido de geração a geração.

Acampar é uma forma antiga de se desbravar e conquistar algum lugar desconhecido e até inóspito! Daí se faz necessário o conhecimento de procedimentos técnicos como também Equipamentos para cada local que se pretende chegar e ficar. Nem sempre o local mais confortável é o melhor e mais seguro.

Tais como: Gramado, areia clara, terra, barro, piçarra, lajedos, áreas abertas e com vasta floresta, campos mais altos de florestas, encostas de barrancos, próximo a rios ou córregos, trilhas abertas.
Acampar, a ideia é prontamente associada aos atos de escolha de um local tranquilo e com algum tipo de atrativo natural ou até mesmo uma atividade natural, como por exemplo um rio para pescar! a montagem da barraca e, de imediato, à preparação de uma fogueira, centro em torno do qual as pessoas vão se reunir para conversar, cozinhar ou se aquecer, parece algo bom e normal. Aliado a isso, como de costume, a higiene pessoal e a limpeza dos utensílios de cozinha serão feitas na fonte de água mais próxima e os dejetos humanos depositados atrás de alguma vegetação, rocha ou, em algumas ocasiões, enterrados ou queimados. Fato que ficou quase que cultural.
Dessa forma, ficou claro que essas questões se tornaram um problema para as normas e critérios de bom convívio no meio ambiente natural. Chamadas de atividades ao ar livre, em áreas públicas e privadas, vem crescendo em todo o mundo! Com isso, entendeu-se que tais práticas precisavam de uma nova cultura para a defesa do meio ambiente num todo. Em defesa dessas áreas naturais, foram criados programas no mundo todo de educação ambiental, exigindo uma profunda reeducação do indivíduo quanto aos hábitos tradicionalmente adotados no excursionismo, acampamentos, caminhadas, escaladas e uma infinidade de outras atividades nas áreas silvestres.
Notou-se que, mesmo o excursionista tomando todos os cuidados básicos quanto ao uso da água, o tratamento dos dejetos e o convívio com a fauna e a flora, tais precauções não eram suficientes em vista do turismo de massa decorrente da circulação de uma sempre crescente quantidade de visitantes, os quais percorrerão um incontável número de vezes uma mesma trilha, montando suas barracas sempre num mesmo local, recolhendo lenha no mesmo bosque e fazendo uma nova fogueira em cada acampamento, as quais deixarão por longo tempo o ambiente natural crivado de cicatrizes negras, onde o solo tornou-se estéril, além da grande possibilidade neste casos de incêndios.
E, é neste ponto que entra a "ética de mínimo impacto".
Bonito-PE
Começando na década de 70, nos Estados Unidos a NOLS - National Outdoor Leadership School vem divulgando um programa internacional denominado "Leave No Trace (LTN)" ou "Não Deixe Rastros (NDR)" como têm se popularizado nos países de língua espanhola, e que no Brasil poderia ser chamado de "Não Deixe Marcas", visando à reeducação das pessoas para uma prática de conservação de áreas naturais e cujas técnicas vêm sendo adotadas e divulgadas por todas as entidades que atuam na linha de frente quanto à proteção à ecologia e à natureza.

O modelo de mínimo impacto das atividades realizadas na natureza, além de imbuído de uma forte conscientização ecológica e social, leva o indivíduo a pensar naquele que o sucederá praticando as mesmas atividades lúdicas, estimulando-o a agir com segurança e a preservar o meio-ambiente.
O convívio com o mínimo impacto no ambiente natural, depende muito mais de atitudes e de consciência individual do que de fiscalização, leis e ou regulamentos.
Uma vez que se conhece o básico, facilmente as técnicas de mínimo impacto podem ser adaptadas às mais diversas condições, embora tal comportamento ético venha a exigir do indivíduo um esforço extra e uma conscientização ecológica, ambos devem ser voltados para um único objetivo: a conservação do ambiente natural.
Assim sendo, estabelecendo como valor principal a toda uma ética comportamental objetivando evitar que sejam deixadas marcas muitas vezes irreparáveis como registros da presença humana no ambiente silvestre.


Basicamente as técnicas podem ser reduzidas a alguns pontos simples, mais fundamentais, didáticos e de fácil memorização:
a) planejar e preparar antes de sair;
b) viaje e acampe em superfícies duráveis e resistentes;
c) lixo: tudo o que levar, traga de volta;
d) dejetos: disponha adequadamente tudo aquilo que não puder trazer de volta;
e) natureza: deixe no local tudo o que encontrar;
f ) fogueiras: elimine e/ou minimize seu uso e impacto.
Cada um destes postulados pode ser desdobrado em uma série de pequenas regras, as quais não são absolutas, mas resumem, em sua essência, a ética e as técnicas de mínimo impacto recomendadas para cada situação e que devem ser atendidas sempre que possível:
A)"PLANEJAR E PREPARAR ANTES DE SAIR"
Informe-se o melhor possível quanto ao lugar que pensa visitar: caminhos, acampamentos, previsão do tempo, restrições, etc.
Defina as metas e objetivos da viagem e considere a condição física dos participantes.
Leve equipamento adequado para as condições do terreno e do clima.
Não leve lixo para a natureza. Deixe em casa as embalagens volumosas ou pesadas e coloque os seus alimentos em sacos ou potes plásticos que possam ser reutilizados.
Evite levar latas ou vidro.
Quando possível, viaje em grupos pequenos.
B) "VIAJE E ACAMPE EM SUPERFÍCIES DURÁVEIS E RESISTENTES"
Acampe longe das fontes de água (60 metros = 70 passos).
Evite os lugares onde o impacto no ambiente ainda está reduzido possibilitando a sua recuperação.
Evite contaminar as fontes de água e nelas só introduza recipientes limpos.
Não construa bancos nem mesas. Lembre-se que o melhor acampamento não se faz, se encontra.
Utilize mapa e bússola para evitar deixar sinais de orientação em rochas ou plantas.
Restrinja sempre que possível as atividades em lugares com vegetação.
Em áreas de muito uso e excessivamente atingidas:
Se o movimento de pessoas é muito grande, concentre a circulação nas áreas já impactadas.
Escolha lugares já designados para acampamento quando estes existirem.
Procure permanecer e caminhar em fila indiana nas trilhas no caminho, evitando alargá-las além do necessário.
Não corte caminho abrindo novas trilhas. Evite produzir maior erosão.
Descanse fora do caminho em superfícies duráveis e resistentes como rochas, areia, grama, pasto seco, etc.
Em áreas virgens ou de pouco uso:
Quando visitar lugares virgens procure dispersar o impacto.
Quando viajar por áreas sem trilhas, caminhe por superfícies duráveis e resistentes.
Acampe em superfícies duráveis e resistentes sempre que possível.
C) “LIXO: TUDO O QUE LEVAR, TRAGA DE VOLTA”.
Regresse com todo lixo que tenha produzido e, se possível, com aquele que encontrar. Não o enterre.
Proteja sua comida e a fauna, empacotando adequadamente seus alimentos.
Lembre-se que é sua comida não a dos animais, sendo prejudicial e perigoso habituá-los ao alimento dos humanos.
Recolha toda a comida que cair no solo e também leve com você todos os restos.
D) "DEJETOS: DISPONHA ADEQUADAMENTE TUDO AQUILO QUE NÃO PUDER TRAZER DE VOLTA"
Lave seus utensílios e faça o asseio pessoal afastado pelo menos 60 metros da fonte de água, utilizando o mínimo de sabão biodegradável. Espalhe no terreno a água suja.
Enterre as fezes humanas depositando-as em um "buraco de gato": Faça uma cova de 30 cm de profundidade, no mínimo 60 metros distante das fontes de água, de trilhas e de acampamentos e, uma vez utilizado, cubra-o e disfarce-o no terreno.
Se utilizar papel higiênico, traga-o de volta ou queime-o totalmente em um recipiente apropriado, evitando assim os incêndios.
A urina produz odores e faz com que os animais raspem a terra para ingerir os sais.
E) "NATUREZA: DEIXE NO LOCAL TUDO O QUE ENCONTRAR"
Trate a natureza com respeito, deixando onde encontrou flores, plantas, rochas, conchas, etc. Em pouco tempo elas se convertem em um estorvo em sua casa.
Não toque em objetos de importância histórica ou arqueológica pois levá-los é um delito e prejudica irreparavelmente as investigações científicas do local.
Permita que os animais exercitem suas atividades naturais sem alterá-las. Não os moleste e recorde que nós somos os visitantes.
Escute o som da natureza, evite fazer ruídos e deleite-se com o silêncio.
F) “FOGUEIRAS: MINIMIZE SEU USO E IMPACTO"
As fogueiras podem causar um grande impacto na natureza. Leve um pequeno fogareiro que possa ser utilizado em qualquer terreno e condição de clima.
Se resolver fazer uma fogueira, considere as condições do ambiente, do BIOMA, da propriedade e so o faça se o local escolhido for bem úmido e em local de confinamento, observe o vento e sua direção e intencidade e etc... Não esqueça de levar lenha suficiente.
Recolha lenha caída de uma área ampla e de um diâmetro maior que a palma da mão; não corte galhos secos das árvores.
Prefira um lugar onde já tenha havido uma fogueira anteriormente e não a acenda junto a rochas ou debaixo de saliências pois isto faz com que se produzam rachaduras e fiquem manchadas com fuligem.
Uma vez terminada a fogueira, permita que se converta em cinzas, apague-a completamente, moa os carvões e disperse todo e qualquer resíduo.
Limpe completamente o lugar da fogueira para que outros também o usem.

O convívio com impacto mínimo no ambiente natural depende muito mais de atitudes e de consciência individual do que de fiscalização, leis e regulamentos.
Uma vez que se conheça o básico, facilmente as técnicas de mínimo impacto podem ser adaptadas às condições das mais diversas, embora tal comportamento ético venha a exigir do indivíduo um esforço extra e uma conscientização ecológica, ambos voltados para um único objetivo: a conservação do ambiente natural de forma deixá-lo absolutamente preservado para aqueles que, durante gerações e gerações, vierem usufruí-lo depois de nós!
Divulgue você também as técnicas de mínimo impacto!

Referências bibliográficas para técnicas de mínimo impacto - Leave No Trace:
HAMPTON, Bruce e COLE, David - Soft Paths - How to Enjoy the Wilderness without Harming It, National Outdoor Leadership School.
Mechanicsburg:
Stackpole Books, 1995. HARMON, Will. Leave No Trace - Minimum Impact Outdoor Recreation. The Official Manual of American Hiking Society. Helena: Falcon Publishing Inc., 1997.

DICA: Base de informações Nacional - http://abeta.tur.br/pt/downloads-abeta

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